Marx vive!

Marx vive!

Faz neste 5 de maio 194 anos que nasceu na cidade alemã de Treves Karl Heinrich Marx – homem a quem mais deve a classe trabalhadora de todo o mundo, nas palavras de seu camarada de lutas e de idéias Friedrich Engels. Fisicamente, faleceu em 14 de março de 1883 em seu exílio londrino, mas a teoria revolucionária que legou ao proletariado mundial e à humanidade como um todo permanece viva, a cada dia comprovando de forma mais contundente sua atualidade como arma absolutamente indispensável na luta pela vida e pela liberdade. Com Marx, toda a epopéia humana em busca da felicidade sobre a Terra encontra sua coroação em um corpo conceitual científico de meios, formas e instrumentos de sustentação teórica e prática da luta dos homens na busca da concretização daquele potencial humano de plenitude.

Pois é nos trabalhos de Marx – uma vasta e densa obra de centenas de títulos englobando filosofia, economia, história e ciência política – que ganha dimensão científica o ideal libertário do comunismo, de uma sociedade livre, na qual o homem poderá de fato ser amigo do homem, na qual não imperará outra lei que não a lei do amor. A maioria destas obras, como o Manifesto do Partido Comunista, foram escritas com a colaboração de Engels. Outras, como este marco da história do pensamento chamado O Capital, resultaram da pena exclusiva de Marx.

No campo da vida e, especificamente, da militância revolucionária Marx nos deixa uma herança de insubstituível valor ético. Ao perceber a estreiteza existencial da vida acadêmica a que pensara se dedicar, o jovem Karl Marx decide ainda na primeira metade da década de 1840 a dedicar sua vida à luta concreta – teórica e prática – pela revolução, pelo comunismo, pelo ideal da libertação. A partir daí é vítima de interminávcis perseguições pelos mais variados governos da Europa continental, terminando seus dias de lutas e sonhos exilado na cidade em Londres.

Doença, dificuldades financeiras próximas à fome literal, privações familiares de toda natureza. Nada disso fez Marx recuar em seus ideais ou de suas tarefas de revolucionário. Nada. Em suas biografias mais qualificadas – e aqui recomendamos a de autoria de Franz Mehring – ninguém vai encontrar qualquer sombra de autopiedade, de temor, de desânimo. Pelo contrário, tudo que temos são palavras de vigor, são chamamentos à luta, conclamações plenas de esperança e vida.

Foram e são variados os tipos de ataque que o pensamento e a ação de Marx enfrentaram e enfrentam desde o seu surgimento até o dia de hoje. Desde as deturpações mais rasteiras de intelectuais assalariados pela burguesia até a repressão selvagem do estado burguês a ações políticas de inspiração marxista. Desde as iniciativas abertamente revisionistas operados por uma pequena burguesia que procurou e procura, sob rótulos falsamente revolucionários, desqualificar o marxismo sob o pretexto de sua inadequação a tempos e espaços, até o rebaixamento da teoria marxista através de acrobacias ‘interpretacionistas’, como o caso do reformismo e do trotsquismo.

Mas Marx resiste, Marx vive. E é este Marx, sem atualizadores nem intérpretes, que o MM5 vem homenagear neste 5 de Maio. Nossa maior homenagem, se grande, é a nossa militância a partir de Marx, de sua ortodoxia, de seu método, de sua teoria, de sua prática. Mais que nunca, estamos conscientes da permanência do marxismo. Mais que nunca, estamos convencidos da escolha da data do nascimento de Karl Heinrich Marx para dar nome ao nosso movimento. E aqui homenageamos a todos aqueles que deram e dão suas vidas e suas mortes pelo ideal libertário do marxismo. E quando amanhecer o dia em que o homem for amigo do homem, ouviremos todos o riso franco e largo de Marx.

Venceremos!

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