A verdadeira herança de Che Guevara

A verdadeira herança de Che Guevara

No último dia 14 de junho completaram-se 93 anos do nascimento de um dos homens mais importantes para a história do proletariado mundial: Ernesto Rafael Guevara de la Serna, mais conhecido como Che Guevara, um dos líderes da revolução cubana, exemplo de luta, abnegação e dedicação revolucionária aos comunistas do mundo inteiro. Referência de luta contra o reformismo e a conciliação de classe com a burguesia e o imperialismo.

Numa conjuntura mundial marcada pelo predomínio do reformismo e do mais descarado oportunismo no seio da esquerda, homenagear e lembrar a incontrastável figura histórica de Che Guevara é mais que oportuno. É uma necessidade urgente, no sentido de resgatar sua herança revolucionária. Herança que, a todo momento, as burguesias do mundo inteiro — com auxílio da esquerda reformista e trotskista — tentam ocultar, esvaziar e deformar.

A primeira dessas heranças revolucionárias de Guevara é a ideológica. Herança na qual ele qualifica a rebeldia como rebeldia revolucionária, efetivamente comprometida com o proletariado e colocando sua vida a serviço da revolução. Rebeldia que, portanto, nada tem a ver com o simulacro produzido pela indústria cultural no capitalismo, que busca se apropriar da figura do Che para transformá-lo em objeto de consumo, esvaziando-o assim de seu conteúdo histórico e revolucionário. O objetivo desse esvaziamento, diga-se aqui, é produzir um Che palatável à ideologia pequeno burguesa que setores da direita e da esquerda reformista e trotskista tanto necessitam. Uma rebeldia sem causa e bem comportada.

A segunda herança decisiva de Che Guevara — esta também muito atacada pela burguesia, pelo reformismo e pelo trotskismo — é a herança política. Sim. Porque Che, em sua prática cotidiana, em sua vida e em todas as suas formulações teóricas, foi essencialmente um antirreformista. Um homem absolutamente devotado à luta contra as instituições burguesas e contra a conciliação de classes.

É a partir da compreensão e da articulação dessas duas heranças revolucionárias do Che que podemos, inclusive, alcançar a verdadeira dimensão de seu internacionalismo protetário.

Che nasceu na Argentina, mas era mundial porque sua vida e sua atuação foram integralmente direcionados aos proletários de todo o mundo. Nesse sentido, Guevara personifica todos os proletários do mundo em sua pessoa, materializando como ninguém a famosa consigna proposta por Marx e Engels ao final do Manifesto Comunista de 1848: “proletários do mundo, uni-vos”.

A compreensão profunda do comunismo nos obriga, enquanto revolucionários e marxistas leninistas, a sermos internacionalistas no sentido apontado pelo Che.

Em Cuba, após a vitória da revolução e já consolidado no poder junto com Fidel, Raul e outros grandes revolucionários, Che demonstrou uma ampla, inequívoca e abnegada atuação internacionalista. Primeiro, ao auxiliar a revolução no Congo (África), experiência esta que infelizmente foi malsucedida. Depois, ao retornar a Cuba, na preparação da guerrilha revolucionária na Bolívia, onde foi assassinado em 9 de outubro de 1967, após ser emboscado pelo exército daquele país.

Importante frisar que Ernesto Che Guevara fez tudo isso quando já ocupava, em Cuba, cargos de ministro e recebia justas homenagens por seu reconhecido compromisso proletário.

Para nós, do MM5, não é possível falar de revolução proletária sem as qualidades demonstradas por Che Guevara antes, durante e após a revolução cubana. Sua solidariedade e internacionalismo proletário sempre serão a referência de luta para todos nós, comunistas.

Viva Ernesto Che Guevara! Viva a revolução!

Venceremos!

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