Vergonha: Sindjor-RJ e Fenaj se omitem perante demissões em massa na CNN Brasil

Vergonha: Sindjor-RJ e Fenaj se omitem perante demissões em massa na CNN Brasil

Em 1º de dezembro, a rede norte-americana CNN demitiu 120 jornalistas — incluindo apresentadores, repórteres e analistas. Além dos cortes, a emissora fechou a filial no Rio de Janeiro, mantendo porém as sedes de São Paulo e Brasília.

Passadas quase duas semanas das demissões em massa na CNN, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio (SindJor) não escreveu uma linha sequer sobre o ocorrido, limitando-se a afirmar, em declaração à revista Carta Capital, que recorreria ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para “questionar” as dispensas. Ou seja: nenhuma iniciativa de luta. Nenhuma tentativa de mobilizar os jornalistas contra a demissão em massa.

A mesma omissão inaceitável foi constatada em relação à Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), que também não levantou nenhum questionamento sobre as demissões.

Além de omissas, as duas entidades (Sindjor e Fenaj) vêm se notabilizando por se comunicarem com os jornalistas — quando o fazem — por meio de canais remotos e virtuais.  Aliás, o uso de canais remotos como forma de “comunicação” entre direções sindicais e suas respectivas bases tem sido frequente no neopeleguismo do século XXI, que se utiliza das ferramentas digitais para afastar ainda mais qualquer possibilidade de contato direto com os trabalhadores, vistos sempre como um grande incômodo.

Assim, as burocracias sindicais que nunca fizeram nada em defesa dos trabalhadores têm agora mais uma desculpa para continuarem onde estão, ou seja, sem fazerem nada e encasteladas nos aparelhos que controlam há vários anos. Os patrões agradecem.

No Rio de Janeiro, o MM5 apoia e organiza a oposição sindical ao Sindjor, por meio do movimento ‘Trabalhador da Notícia’. Oposição que também fazemos em relação à Fenaj.

Venceremos! Abaixo a conciliação com os patrões!

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