Brics: adesão de novos países e aumento da influência chinesa levam temor à imprensa imperialista

Brics: adesão de novos países e aumento da influência chinesa levam temor à imprensa imperialista

“Um espectro ronda a imprensa burguesa e pró-imperialista em todo o mundo. O espectro da influência cada vez maior da China sobre a geopolítica mundial”. Assim pode ser interpretada a reação majoritária da mídia global — incluindo os jornais brasileiros — à 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) realizada esta semana, em Joanesburgo. Reação marcada pelo temor de que, no interior do Brics, sejam fortalecidos posicionamentos antagônicos às políticas imperialistas praticadas por EUA e União Europeia, sobretudo no que diz respeito a comércio mundial e conflitos como a guerra da Ucrânia.

Outros dois temores do imperialismo referem-se à possibilidade de aumento do número de países integrantes do Brics e à conformação de uma futura aliança militar no interior do bloco, sob liderança chinesa. Quanto ao número de integrantes, 22 países já manifestaram formalmente interesse em aderir ao Brics, numa lista que inclui Argentina, Irã e Arábia Saudita. Em relação a uma provável aliança militar, é questão ainda aberta porque vai depender de outros acontecimentos geopolíticos mundiais, especialmente as movimentações imperialistas visando “cercar a China” e, a exemplo do ocorrido com a Rússia, buscar isolá-la internacionalmente.

No campo estritamente comercial, o temor do imperialismo é que a proposta de adoção de uma moeda comum seja efetivamente implementada, o que implicaria reduzir a influência do padrão dólar sobre as relações entre os países componentes do Brics.

O cinismo e a subserviência da imprensa imperialista mundial no trato dessas e outras questões de grande importância geopolítica só são superados pela imprensa empresarial brasileira, uma das mais venais, manipuladoras e reacionárias de todo o planeta.

Venceremos!

 

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