Cai a máscara: Biden bombardeia a Síria

Cai a máscara: Biden bombardeia a Síria

No último dia 25 de fevereiro, as forças armadas dos EUA executaram um ataque contra milícias do leste da Síria. O argumento desse ataque a mando de Biden seria de que havia apoio do governo iraniano a esses grupos paramilitares. No entanto, não há nenhuma evidência concreta que sustente essa tese. Biden — a desgosto de boa parte da esquerda no mundo e também no Brasil — dá uma primeira amostra das suas intenções belicistas. É preciso que se saiba que as nações imperialistas não se furtam a destruir quantas vidas humanas sejam necessárias para que seus interesses sejam satisfeitos.

Não nos esqueçamos do sem número de organizações elencadas como terroristas por nações e organismos internacionais que tiveram apoio, treinamento e fornecimanto de armamentos por muitas dessas mesmas nações imperialistas. Isis, Al Qaeda, Irmandade Mulçumana são apenas alguns exemplos. Inclusive esta última quem assumiu o poder no Egito após a chamada Primavera Árabe. O que também foi festejado por grossas parcelas da esquerda não-marxista (trotskistas, socialdemocratas etc) como sendo a libertação dos trabalhadores do jugo totalitário. Pensam esses homens e mulheres que se creditam comunistas que bastam protestos massivos de rua para que tenhamos uma revolução socialista. Mas disso já tratamos em outros textos.

A História, principalmente a partir do século XX, está repleta de exemplos nos quais a guerra imperialista foi a causa da morte e sofrimento de milhões de pessoas em todo o globo terrestre. O imperialismo — através de suas lideranças globais — nada mais representa que uma quadrilha de assassinos. A violência é central para o capitalismo. Os exemplos são inesgotáveis. A guerra do ópio na China, perpetrada pelos ingleses. As ocupações belgas em toda África. A America Latina assistiu horrorizada aos massacres na Guatelemala, Uruguai, Argentina. O morticínio promovido na guerra da Coreia e no Vietnã. E talvez o ataque imperialista mais simbólico sejam as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Cinicamente negligenciado pela mídia burguesa, esse ato de terrorismo contra populações civis nos estertores da II Guerra Mundial visava a uma brutal demonstração de força da emergente potência global [EUA] ao seu principal inimigo, a URSS.

O partido democrata de Biden não se furta de lançar mão de todos os expedientes necessários quando se trata dos interesses imperialistas norte-americanos. No último dia 3 de março, Joe Biden renovou a ordem executiva que sufoca ainda mais a economia na Venezuela. Nesse caso as intenções não são exatamente militares, uma vez que a hipótese de uma invasão armada por parte da Venezuela em territórios norte-americanos nada mais represente que uma ameaça falsa que justificaria o bloqueio econômico ao país bolivariano. Porém, o risco real que a Venezuela representa aos EUA é o de avançar rumo a uma revolução socialista. O que a tornaria um farol revolucionário na America Latina. E o que poderia frustrar o interesse sobre os países sul-americanos. Afinal, como preconiza a doutrina Monroe: América para os americanos.

Biden e Trump discordam apenas na estratégia a ser adotada pelo imperialismo norte-americano. Biden é favorável ao pluralismo do poder — garantindo a hegemonia dos EUA, evidentemente. Defende os orgãos multilaterais para “dividir” as deliberações quanto às formas de exploração das nações. Trump é um ícone do autoritarismo que arrasta parcelas relevantes das classes médias norte-americanas. A mesma linha defendida pelo degenerado ministro das relações exteriores, o bolsonarista Ernesto Araújo.

Os marxistas não podemos nos iludir com pretensões democráticas. Não faltam exemplos de governos que intencionaram melhorar as condições de vida dos trabalhadores sem mexer nas bases capitalistas. A fase atual do capitalismo é imperialista. Somente uma revolução socialista é capaz de enfrentar e derrotar as intenções neocolonialistas sobre as nações do globo.

Venceremos!

 

 

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